Reflexão - Quem Sou eu?

Muito se sabe sobre as coisas do mundo, sobre as propriedades da madeira, como se constitui o aço. Mas, como se constitui o nosso Eu? Quem é que pode dizer como funciona o interior dos átomos do nosso corpo? Tal como o universo, nosso interior possui uma infinidade de detalhes, de questões não descobertas ainda. Me refiro ao universo por dentro do universo. Explicando melhor: Você vê uma árvore, mas não vê a celulose por dentro dela, nem os nutrientes, nem o CO² virando oxigênio. Se não vemos nem isso, como veremos o que há dentro de cada uma dessas partes? Ou melhor, quando?

E o que dizer do pensamento? Do cérebro? Órgão que guarda tanta coisa, que reage a tudo, e tão essencial a nossa vida? Responsável por tanta coisa, e tão complexo?

Se nós sabemos tão pouco do nosso mero corpo, da nossa “vestimenta”, o que diremos sobre nosso espírito? Nosso corpo etéreo, constituído de um fluído “sem” propriedades físicas, algo ainda estranho para a ciência, para os leigos, e até mesmo incompreendido pelos estudiosos. Como algo tão sutil, tão - não encontro palavras para descrever a sutileza - pode guardar todas as recordações da nossa história desde a ignorância?  Ter em si a nossa personalidade, nossos medos, nossas habilidades?

Quem aqui pode responder com certeza, quem sou eu? Quem aqui, Alguma vez já parou pra analisar esse “Quem sou eu?”, e no fim da análise descobriu que não sabia algo de si? Olhar para fora, ver e perceber o que acontece a nossa volta, é muito fácil comparando com a dificuldade que temos de olhar para dentro.

Quantas vezes nos deparamos com alguma situação, em que já temos algum pré-conceito? E por que nós simplesmente não encaramos cada situação como única? Por que temos o hábito de comparar as situações com as que já vivemos anteriormente?

“[...]Melhor do que medir ou apontar o comportamento de alguém seria tomarmos a decisão de visualizar bem fundo nossa intimidade, e nos perguntarmos onde está tudo isso em nós[...].” 

Renovando Atitudes – Hammed

Será que todos nós teremos que passar inúmeras vezes por situações em que dizemos “eu não esperava isso de mim mesmo”? 
Mergulhar no universo que se chama Eu, entender o funcionamento do nosso corpo, da nossa mente, através do auto-conhecimento. Esta será uma atitude muito importante, de grande crescimento pessoal, pois não há melhor maneira de  de se encontrar com Deus, se não olhando dentro de nós mesmos.

Dúvidas e questionamentos são a origem da evolução do mundo, o que seria da gravidade se o cientista Newton, não tivesse se perguntado: “Qual é a força que atrai essa maçã para o chão?”. Tudo ao nosso redor, toda a ciência, tudo foi revelado a partir de dois fatores primordiais.

1º Dúvidas;

2º Alguém para parar para tirar as dúvidas, estudar.

 Creio que todos temos dúvidas, e acho que algumas delas são do tipo “quem eu realmente sou?” – já temos aí o 1º fator - “Como reagirei perante uma situação adversa?”, ou “o que realmente sentirei  ao me deparar com alguém estranho?”, talvez a pergunta seja “por que dessas sensações que surgem ‘do nada’?”, ou, “não sei o por que estou assim hoje”, ou,” não entendo como mudei nem o por que que mudei, apenas mudei.”

Estas perguntas podem fazer parte do nosso café da manhã. Dia-após-dia podemos conquistar nossas respostas, para isso basta aceitar um convite.

Vamos virar cientistas e estudar a gente mesmo?

Bruno  Faria